A proposta do seu candidato pode ser executada?

Por George Victor da Silva

A campanha eleitoral de 2018 está na reta final. O pleito deste ano é marcado por discussões polarizadas, ânimos acirrados e vigilância contínua em relação as fake news. Nesse cenário, muitos candidatos estão apelando por promessas que não podem ser cumpridas. Os eleitores devem, portanto, analisar com muito cuidado essas ideias, buscar informações em fontes respeitadas e tirar dúvidas com especialistas.

Muitas vezes a promessa do candidato é inexequível. Para fazer essa análise é necessário, em primeiro lugar, saber quais as funções do cargo. É preciso conhecer, mesmo que de maneira minimalista, as principais atribuições do posto pleiteado. Atento a isso, ficará mais fácil realizar a análise do que está sendo prometido, descartar algo que não seja inerente àquela função ou que não seja de possível realização. Para averiguar uma proposta é necessário apuração e estudo. A pesquisa sobre o histórico do candidato é essencial também, pois ela nos trará a noção exata sobre a confiabilidade e intenções do postulante.

Um tema extremamente sensível para candidatos e eleitores é a segurança pública. Trata-se de um assunto recorrente na imprensa, na mídia e nas redes sociais. É uma das questões mais carentes na sociedade brasileira. Vemos sempre no dia-a-dia taxas de criminalidade subindo em todos o Estados, Cidades e Municípios. A população vive em clima de insegurança, chegando a extremos, como por exemplo, evitar de sair à noite de casa por medo, evitar certos lugares e caminhos. Há pontos na cidade em que praticamente não há iluminação. Com isso, torna-se recorrente a candidatos a exploração dessa questão como atrativo de votos.

No entanto, é imprescindível ter atenção às promessas para que elas não sejam apenas uma isca de votos. Uma consulta à Constituição ou ao Código Penal mostra que algumas promessas nem poderiam ser colocadas em práticas. Outros compromissos ditos pelos candidatos já estão em exercício.

Como comentei previamente, essa eleição tem um componente que torna as discussões ainda mais frágeis. As fake news espalham inverdades pela internet servindo a um ou outro candidato de forma desonesta e anti-ética. Diante desse cenário é fundamental a checagem de informações. Muitos orgãos da imprensa criaram mecanismos para checar dados. Entre eles, Lupa; Uol Confere Promessas de campanha; Aos fatos; Boatos.org; Fato ou Fake.

O importante, finalmente, é que a gente não meça esforços para tomarmos nossa decisão. Que a gente possa refletir, checar fatos, questionar promessas e, dessa forma, fortalecer a nossa democracia.